domingo, 14 de dezembro de 2014

TÁ CERTO QUE EU ACHO QUE É UMA PUTA PERDA DE TEMPO FICAR ESCREVENDO SOBRE ISTO, MAS, FAZER O QUE? OS CARAS ESTÃO CADA VEZ MAIS CARAS DE PAU. SEI LÁ, MAS, SE CADA POVO TEM A IMPRENSA QUE MERECE, SOMOS REALMENTE, UM POVINHO DE MERDA!!!

A FOLHA ESTÁ CADA VEZ PIOR.

ESTE ARTIGO ESTÁ EM PE´DE PÁGINA, NA A8.
REPARE NO TITULO E LEIA O ARTIGO.
NÃO VI NENHUMA VEZ A PALAVRA "PETROBRÁS" E, QUANDO FALAM NOS TUCANOS, JÁ VEM COM A DEFESA (A MESMA DE SEMPRE) PRONTINHA.
ESCÂNDALO NA PETROBRÁS

Empreiteira associa valor de obra a doação

Planilha apreendida indica que Queiroz Galvão calcula repasses a siglas e candidatos com base em contratos públicos
Empresa confirma que anotações se referem a políticos do PSDB, PT e PMDB e diz que cifras são doações em estudo
RUBENS VALENTE GABRIEL MASCARENHASDE BRASÍLIA
Planilhas apreendidas pela Polícia Federal na sede da Queiroz Galvão, em São Paulo, indicam que a empreiteira vincula valores recebidos por obras públicas a doações eleitorais a políticos e partidos.
O material foi recolhido em 14 de novembro, na sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de recursos na Petrobras.
Procurada pela Folha, a Queiroz Galvão confirmou que a planilha "representa estudos preliminares de disponibilidade de recursos em cada obra [...] e que poderiam ser utilizados para doações, segundo avaliações ainda a serem realizadas".
A empresa disse que os números "não necessariamente se converteram em doações" e que todas as feitas por ela "atenderam, estritamente, aos limites permitidos pela lei".
Segundo a planilha, datada de 2014, para chegar ao valor da doação a empresa fazia um cálculo sobre o valor recebido por determinada obra.
No caso do "VLT", uma provável referência ao Veículo Leve sobre Trilhos da Baixada Santista, obra do governo de São Paulo, foi aplicada uma fórmula sobre o "recebimento acumulado até med [medição]" de junho de 2014.
Após descontos, o valor chegava a "117.500", possivelmente R$ 117,5 milhões, sobre o qual incidia o cálculo de "1,5%" vezes "66%", resultando numa doação de R$ 1,16 milhão. Esse valor constituía uma "ProfPart", que a Queiroz Galvão reconheceu ser uma "Provisão Financeira para o PSDB", partido do governador Geraldo Alckmin.
Assim, segundo o cálculo, dois terços do valor destinado a doações (1,5% do recebido líquido) foi para o PSDB.
Em outra planilha apreendida ao lado da primeira, esse exato valor é atribuído ao "PSDB Nac. [nacional]". Outros políticos destinatários de possíveis doações aparecem na planilha, com iniciais.
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empreiteira doou R$ 3,7 milhões ao diretório nacional do PSDB nas eleições de 2014.
Outro valor anotado na planilha, associado a "LV1", possível referência a obras do Metrô, associa R$ 2,75 milhões em doações a "GOR". A Queiroz disse à Folha que se trata de referência ao candidato derrotado do PT no Estado, Alexandre Padilha.
A Queiroz Galvão doou R$ 3,5 milhões à campanha da presidente Dilma Rousseff, mais R$ 11,1 milhões ao diretório nacional do PT, segundo os dados na Justiça Eleitoral.
A empresa explicou outras iniciais: "J.S." é o senador eleito José Serra (PSDB-SP), "P.S." é segundo colocado na eleição ao governo paulista, Paulo Skaf (PMDB), e "E.A." é o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), derrotado na disputa estadual no Rio Grande do Norte.
Há outros valores associados a obras em São Paulo, como o CSS (Contorno de São Sebastião) e CEML (Consórcio Monotrilho Leste), realizados pelo governo estadual, e a ETGUA, uma referência à Estação de Tratamento de Água de Guarulhos, na Grande São Paulo, esta executada pela Prefeitura de Guarulhos.
O PSDB paulista disse, em nota, não existir "qualquer relação entre doações, todas elas contabilizadas e declaradas, e contratos públicos".
Segundo a sigla, "o que existe é uma ginástica de blogs sujos pagos pelo governo federal para tirar o foco das investigações que desnudam a gestão petista na Petrobras".
O partido concluiu dizendo que "investigação séria envolve delações premiadas e provas efetivas de corrupção --não o jornalismo de planilha."
A assessoria da Prefeitura de Guarulhos não foi localizada para comentar.
A Queiroz Galvão ressaltou que "todos os anos" recebe "diversas solicitações originárias de vários departamentos da empresa para diferentes partidos e candidatos. As solicitações são avaliadas, não sendo aprovadas até decisão final da companhia".