quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

"SE O POVO NÃO TEM PÃO, QUE COMAM BRIOCHES..." Maria Antonieta, rainha da França!!! O QUE SEMPRE FALTOU PARA POLÍTICOS, PRINCIPALMENTE OS RICOS OU NOVOS RICOS, É A SENSIBILIDADE, A EMPATIA. POR ISSO, DEFENDO TANTO OS GOVERNOS FEITOS PARA O POVÃO!!!

http://tijolaco.com.br/blog/quem-disse-que-maria-antonieta-nao-existe-mais/

Quem disse que Maria Antonieta não existe mais?

victoriaantonieta
De forma muito gentil, o colunista Rogério Galindo, que mantém o blog Caixa Zero no jornal paranaense Gazeta do povo diz que, sem querer, a jovem deputada estadual Maria Victoria (PP) acabou por se tornar “um símbolo interessante na discussão sobre os gastos sociais do governo”.
Acho, Rogério, que vai mais além.
Mostra como sobrevivem, pelos séculos, a frieza emproada da indiferença, pior, da desumanidade para com nossos semelhantes.

Por que a deputada que defendeu o
corte do Bolsa Família causou tanto mal estar

Rogério Galindo, na Gazeta do Povo
A deputada estadual Maria Victoria (PP) é jovem. Pouco tempo atrás, era uma desconhecida no Paraná, até porque viveu boa parte do tempo fora do país, estudando na Europa. Ninguém pode criticá-la por isso: se a sua família teve condições, dar a ela as melhores oportunidades é quase uma obrigação. Investir em sua educação, idem. Criticá-la por isso seria criticá-la pelos motivos errados.
De volta ao Brasil, Maria Victoria entrou para o PP e se elegeu deputada estadual aos 22 anos. De novo: tudo dentro das regras. Fez campanha, conseguiu votos, entrou para a Assembleia Legislativa. Está em seu direito, que deve ser respeitado. No entanto, é preciso atentar para um detalhe: ela não se elegeu simplesmente por ser quem é, e sim por ser filha de que é.
A deputada é filha de Ricardo Barros, ex-prefeito de Maringá, e de Cida Borghetti, atual vice-governadora do estado. Isso não invalida sua eleição – o sistema político brasileiro permite. Mas mostra como existe na sociedade brasileira (e em quase todas as outras) uma perpetuação da posição social das famílias. Um dado a mais: o avô dela já foi prefeito de Maringá; Como dizia a musiquinha: o de cima sobe e o de baixo desce.
Vem daí o mal-estar causado pela declaração da deputada contra o Bolsa Família. Nesta semana, depois de seu pai, relator-geral do orçamento de 2016 no Congresso, ter optado por cortar R$ 10 bilhões do principal programa de assistência social do governo, a deputada saiu em defesa do pai. Apesar de o governo dizer que isso jogará oito milhões de pessoas na miséria, a deputada apelou para um velho chavão: seria preciso ensinar a pescar ao invés de dar o peixe.
O “peixe” que o governo federal dá são R$ 77 mensais. Segundo a deputada, a maior parte dos beneficiários tem outra fonte de renda, o que mostra que ninguém ficaria na miséria caso ficasse sem o programa. Mas o Bolsa Família é exatamente isso: um programa que complementa a renda de pessoas que, tirado esse dinheiro, ficam abaixo da linha da miséria.
E essa linha é extremamente baixa. Para receber o benefício, é preciso ter renda per capita na família de R$ 77. Ou seja: uma família de cinco pessoas teria de ter renda máxima de R$ 385 para ter acesso ao benefício. É dessas pessoas que se quer cortar ao auxílio. São essas pessoas que a deputada diz que não vão ficar na miséria. Por definição, isso está errado.
Maria Victoria não tem culpa de ter nascido rica. Tem todo o direito de tirar proveito do que sua família tem – todo mundo tem, desde que o dinheiro seja obtido licitamente. Tem direito de representar seus eleitores, de ter sua ideologia. Mas a sociedade também tem todo o direito de ver na declaração dela um descolamento impressionante entre o que pensa a elite econômica (e política) do país e a realidade social.
Se há mau gasto, se há fraudes no Bolsa Família, elas devem ser combatidas. Mas isso precisa ser feito com provas. Precisa ser feito com o mesmo cuidado (ou muito mais!) do que teve Ricardo Barros ao votar contra o prosseguimento do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. Se para Cunha ser processado (nem estamos falando de condenado) é preciso ter provas, para o pobre perder seus R$ 77  não é necessário nem indícios?
Os R$ 77 do Bolsa Família são menos de 0,4% do salário de um deputado estadual. Maria Victoria tem todo o direito de receber o que recebe, mesmo que isso tenha a ver muito mais com o que a loteria da vida lhe destinou do que com uma ascensão social – ela nunca precisou “subir”, já nasceu no alto. Mas nada justifica a defesa de um corte que afeta quem mais precisa, de quem pela mesma loteria, nasceu no fundo do poço.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

QUER SABER O QUE ACONTECE NO BRASIL DE HOJE? ASSISTA O DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO CHAMADO "CIDADÃO BOILESEN"

https://www.youtube.com/watch?v=yGxIA90xXeY

Publicado em 5 de jan de 2013
O documentário Cidadão Boilesen de Chaim Litewski, montado por Pedro Asbeg, conta a história do empresário. O documentário afirma que Boilesen era um cidadão marcado pelas ambiguidades e paradoxos típicos dos seres humanos. O filme vai até a Dinamarca, visita os arquivos de histórico escolar da escola onde Boilesen estudou quando criança e adolescente no início do século passado; além de entrevistar amigos, colaboradores civis e militares do empresário, o filho mais velho deste, o cônsul americano em São Paulo à época dos acontecimentos e um dos militantes que participaram da morte de Boilesen. Contém ainda depoimentos de figuras como o ex-Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo Paulo Egídio Martins, Erasmo Dias e do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, entre outros personagens importantes da época. O filme debate fartamente o hábito do empresário de assistir as sessões de tortura, confirmado por testemunhos de militares e militantes da época.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Henning_... 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

É TÃO FÁCIL DE ENTENDER... MAS, A IMPRENSA ATENTA E ISENTA PREFERE, POR EXEMPLO, DIZER QUE O BRASIL CAIU NO "IDH", RELATIVAMENTE. MAS, MELHOROU, COMO DE FATO MELHORANDO VEM NOS ÚLTIMOS ANOS, EM NÚMEROS ABSOLUTOS. O BRASILEIRO MELHOROU MUITO DE VIDA. SE O "SRILANKENSE" MELHOROU MAIS, ÓTIMO!!!

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-logica-da-opcao-da-midia-pela-percepcao-e-nao-pela-realidade-por-paulo-nogueira/

A lógica da opção da mídia pela percepção e não pela realidade. Por Paulo Nogueira

A campanha histórica da Rolling Stone
A campanha histórica da Rolling Stone
Uma campanha de marketing histórica da revista americana Rolling Stone confrontava percepção e realidade.
A campanha virou um caso de estudo.
Era assim. A percepção das pessoas era que a RS era lida por hippies, ou neo-hippies, pessoas avessas a qualquer tipo de consumo.
A realidade era que os leitores da RS consumiam como todos os leitores de revista.
Indigente em publicidade, a revista se tornou um sucesso publicitário.
Essa campanha me ocorreu ao ler o levantamento da Folha deste domingo sobre os 13 anos de PT no poder.
Escrevi já um artigo, mas não citei a RS e sua clássica diferenciação entre percepção e realidade.
Involuntariamente, a Folha mostrou a percepção e a realidade. A percepção é que o país não melhorou. Foi o que disseram, segundo a Folha, 68% dos ouvidos.
A realidade, no entanto, é que todos ganharam nestes 13 anos. Os 10% mais ricos tiveram 30% de aumento na renda em termos reais, descontada a inflação.
Para os 10% mais pobres, o aumento foi de 129%, o que significou uma redução no real câncer nacional: a desigualdade social.
A Folha usa uma expressão parecida com uma que marcou os anos Lula. Esse tipo de coisa nunca acontecera antes na história medida pelo IBGE.
Pois bem.
Você tem aí percepção versus realidade. A percepção: não melhoramos. A realidade: melhoramos sim.
E qual a opção que a Folha escolhe para dar na manchete? A percepção. Desnecessário dizer, o resto da mídia acompanhou-a nesse passo maldado.
A Folha teve uma grande chance de mostrar a realidade. Mas escolheu a percepção, pela qual, aliás, ela é um dos responsáveis.
Você pode ver o poder da percepção nos depoimentos dos manifestantes deste domingo na Paulista.
Todos descreviam o apocalipse, desgarrados dos fatos em si. O país acabou. Estamos destruídos. Não há mais esperança fora de um golpe.
Você tem, nisso, uma prova do serviço horroroso que a mídia presta para a sociedade. Jornais e revistas desinformam, manipulam, escamoteiam.
Eles criam uma realidade paralela, uma distopia absoluta que mostra um país em processo de desintegração.
O motivo é sabotar um governo popular. É uma rotina. Aconteceu o mesmo em 1954 com Vargas e em 1964 com Jango.
Se Dilma for derrubada, a imprensa engavetará imediatamente a distopia. Um clima de otimismo estridente se espalhará pelo país por jornais, revistas, rádios, telejornais e sites das grandes empresas jornalísticas.
A corrupção deixará as manchetes, não por ter sido debelada, mas por não ser mais útil para desestabilizar osinimigos.
Aécio poderá continuar, tranquilamente, fazendo coisas como um aeroporto particular com dinheiro do povo. Eduardos Cunhas continuarão a tramar no Congresso para aprovar medidas favoráveis à plutocracia.
Seremos felizes. Mas de mentirinha. Como nos tempos da ditadura, durante os quais Medici, numa frase célebre, disse que era ótimo ver o Jornal Nacional. Num mundo convulso, o Brasil era um oásis de próspera tranquilidade segundo o JN.
Os únicos que terão reais motivos para gargalhar são os plutocratas. A desigualdade avançará e, em consequência, os ricos ficarão ainda mais ricos.
A utopia será uma percepção. A realidade será cruel.