terça-feira, 6 de maio de 2014

ESPERO SINCERAMENTE QUE VOCÊ NÃO SEJA UM DOS "PANACAS", ASSIM DENOMINADOS, PELO AUTOR DO POST, O ALTAMIRO BORGES. AGORA, SE VOCÊ FOR UM DAQUELES QUE REALMENTE ACREDITA NO QUE INFORMA, NÃO SÓ A FOLHA, MAS, DE UMA FORMA GERAL, NOSSA MÍDIA, SÓ ME RESTA ENTRAR NO CORO: "PANACA, PANACA, PANACA"...

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/05/folha-da-agua-para-alckmin.html

Folha dá água para Alckmin

Por Altamiro Borges

O editorial da Folha desta terça-feira (6) é patético. O jornal garante que não haverá racionamento de água em São Paulo e faz um baita esforço para isentar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) de qualquer responsabilidade. Hoje ninguém mais tem dúvida de que o diário da famiglia Frias apoiou o golpe de 1964 e a ditadura – a própria Folha foi forçada a confessar o crime. Mas muita gente ainda acha que o jornal “não tem o rabo preso” e é “imparcial” nas suas coberturas. Para estes ingênuos, o editorial intitulado “Racionamento afastado” é um tapa na cara: acorda panaca! A Folha assume que está em campanha pela reeleição do tucano, mesmo que isto signifique omitir ou ofuscar a grave crise da abastecimento em São Paulo.

Segundo o editorial, “após a abertura da Parada do Orgulho Gay de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deixou de lado a hesitação das últimas semanas e afirmou de modo categórico que não haverá racionamento de água na capital paulista ao longo de 2014. Não deixa de ser uma declaração tranquilizadora, sobretudo no momento em que o volume armazenado do sistema Cantareira, cadente há meses, atinge meros 10% de sua capacidade útil”. O jornal ainda elogia as medidas tomadas pelo governo tucano para jogar o colapso do sistema para o futuro – de preferência, para depois das eleições de outubro. Elas seriam suficientes, afirma, “para garantir o abastecimento até fevereiro de 2015”.

De forma indireta, a Folha culpa a “estiagem inusitada” pela crise no setor – só faltou amaldiçoar Deus e esbravejar contra a natureza – e os próprios usuários paulistas, que desperdiçam muita água. E conclui com um apelo dramático: “Baixar a guarda e descuidar da vigilância, de ora em diante, implica aceitar o risco de que a crise se repita”. Nenhuma palavra sobre a falta de investimentos na ampliação da infraestrutura ou na manutenção do setor, que vaza água por todos os lados. Nenhuma palavra sobre a incompetência e a falta de planejamento dos tucanos, que governam o mais rico estado da federação há quase 20 anos. Nada sobre o “choque de gestão” (ou indigestão) do PSDB!

No momento em que a Folha publica este editorial risível, o Estadão – que também é tucano – notícia sem maior alarde que “terceira maior cidade do Estado (com população menor só que São Paulo e Guarulhos), Campinas pode iniciar racionamento de água ainda nesta semana. A vazão do Rio Atibaia, que abastece 95% da população, de 1,09 milhão de pessoas, caiu para 6,6 metros cúbicos por segundo no fim de semana e voltou ao nível crítico, segundo a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa)”. O jornal ainda informa que “quatro cidades da região de Campinas - Valinhos, Vinhedo, Cosmópolis e São Pedro - adotaram oficialmente o rodízio”, o nome fantasia do racionamento.

Como ironiza José Simão, uma das poucas vozes críticas da Folha, "tucanaram" o racionamento. Nesta mesma terça-feira, ele volta a esculhambar o “rodízio”, citando uma notícia curiosa: “’Aquário de Santos registra falta d'água em feriado prolongado’. Acabou a água até do Aquário! Chamem o Nemo! O ALCKNEMO! Rarará!”. No caso, o governador “Alcknemo” poderia chamar a Folha para lhe dar água na crise!

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