Então, vamos pegar o exemplo da criação de empregos no Brasil, mensalmente divulgada pelo CAGED.
Ontem já fiz dois "postzinhos" -veja aqui e aqui - em um comparativo de uma mesma notícia dada por um blog de "centro esquerda" e pelo UOL, a meu ver, "oposição de direita".
Agora, peço licença para mostrar como o UOL e só o UOL, noticiou o fato (criação de empregos) ao longo do 1o. semestre de 2012:
Criação de empregos cai
48,4% em maio, segundo Caged.
Caiu, então, é simplesmente apontado o fato de que caiu!
Criação de empregos diminui 9,25% em abril, mostra Caged.
De novo, caiu, manchete simplezinha: diminuiu e pronto!
Criação de empregos com carteira assinada sobe no mês,
mas cai 9% no ano.
Pronto: aqui, pelo menos dizem que subiu, mas colocam o indefectível "mas", quando a notícia é boa para o governo!
Brasil abre 112 mil vagas com carteira assinada em
março, segundo Caged
O Brasil registrou abertura de 112.450 vagas com carteira assinada em
março, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged),
divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (17). O resultado é o
melhor para o mês nos últimos três anos, e ficou ligeiramente acima do esperado
pelo mercado (110 mil).
O desempenho é março ficou inferior aos 123.446 empregos gerados em
fevereiro e acima das 111.746 vagas abertas em março de 2012, nos dados sem
ajustes.
Como o nível de emprego subiu, eles, na manchete não mostraram isso, limitando-se a mostrar o número: isso foi bom ou ruim? Aí, lá pra baixo, eles dão parcialmente o bracinho a torcer, fazendo comparações tanto positivas, quanto negativas!
São Paulo gerou mais de um terço dos novos empregos do
país em março.
Ainda sobre março, o destaque é dado para o estado de São Paulo. Coincidência?
É, eu também acredito em bruxas...
Dados do Caged estimulam ajuste de alta dos juros futuros
SÃO
PAULO - O breve ajuste de alta do mercado brasileiro de juros futuros visto na
quarta-feira ganha reforço nesta quinta-feira. Os contratos de Depósitos
Interfinanceiros (DIs) sobem em bloco na Bolsa de Mercadorias & Futuros
(BM&F), com movimentos mais expressivos na ponta mais longa da curva,
preferência de investidores estrangeiros.
Por volta das 12h, o DI de abertura de 2013 apresentava alta de 0,02 ponto
percentual, a 9,22%, o de janeiro de 2014 subia 0,04 ponto, a 9,67%, e o do
início de 2015 avançava 0,06 ponto, a 10,19%.Além disso, os contratos de abertura de 2016 e 2017 ganhavam 0,06 ponto cada, respectivamente, a 10,53% e 10,69%.
Entre os contratos de vencimentos mais curtos, o de abril de 2012 mantinha taxa de 9,98%, enquanto o de julho registrava acréscimo de 0,01 ponto, a 9,52%, e o de outubro avançava 0,01 ponto, a 9,30%.
Destaque da agenda, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged) apontaram a criação de 118,8 mil empregos formais em janeiro, número um
pouco acima do esperado, embora 21,8% menor que o volume de postos formais
gerados em igual mês de 2011.
Esta, sobre o mês de janeiro foi sensacional!!! Para se saber qual o número de empregos criados, -que foi positivo em janeiro- nós temos que ler o artigo inteiro, coisa que o brasileiro médio não faz mesmo.
E, a matéria deixa bem claro que o número de empregos, que aumentou em relação ao esperado, criou uma expectativa no "deus mercado" de alta dos juros.
Se você acha que isso é ser "isento" e que a diferenciação de tratamento para boas e más notícias para o governo é mera coincidência, tudo bem.
Eu não acho, MESMO!
Beijim´s
Zécarlos
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