sexta-feira, 9 de agosto de 2013

COMISSÃO ISENTA É??? FAZ-ME RIR. OU, NOVAMENTE, RAPOSAS, OU MELHOR, TUCANOS, TOMANDO CONTA DO GALINHEIRO...

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/09/comissao-para-analisar-cartel-do-metro-tera-mediacao-do-governo-paulista.htm

Independência de comissão para investigar cartel do metrô é questionada por integrante
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Camila Neumam
Do UOL, em São Paulo
A independência da comissão criada nesta sexta-feira (9) para investigar o suposto cartel envolvendo o metrô e os trens metropolitanos de São Paulo foi questionada por integrantes do grupo já anunciado. Gustavo Úngaro, da Corregedoria Geral de Administração, foi apresentado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como "elo", que garantirá o acesso a todas as informações sobre o caso. Além de Úngaro, participarão da comissão Edson Luiz Vismona, presidente do Conselho de Transparência da Administração Pública, e José Geraldo Brito Filomeno, membro da Comissão Geral de Ética.
Antes do anúncio, Claudio Abramo, diretor-executivo da Transparência Brasil, um dos órgãos da comissão, comemorou a independência da comissão aparentemente sem saber que ela seria encabeçada pela Corregedoria. "O governo do Estado toma uma medida que não envolve participantes do governo. Essa comissão não tem representantes do governo. Então, a influência que o governo possa ter nessas decisões não existe dentro desse contexto", disse ele. 
No entanto, depois de Úngaro ser anunciado, Abramo confrontou o próprio governador sobre a independência do grupo. Irônico, o diretor-executivo da Transparência Brasil perguntou se "não seriam só grupos da sociedade civil que participariam da comissão" e questionou a presença do corregedor, que poderia filtrar as informações passadas ao grupo segundo interesse do governo.
O governador então afirmou que Úngaro terá "total liberdade" para repassar informações para os membros da comissão.
Para tentar garantir a independência, Paulo Itacarambi, diretor-executivo do Instituto Ethos, também parte da comissão, defendeu a análise de outros contratos das empresas envolvidas no suposto cartel. Segundo ele, se a investigação for feita somente pelos contratos analisados pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o trabalho será incompleto.


"Se for restringir a apuração apenas aos contratos que estão sob análise do Cade, será uma apuração pela metade. Essas empresas devem ter feitos outros contratos com o Estado. Isso tem de ser levado a cabo. Esse é o tipo de iniciativa que não pode ficar pela metade", afirmou.
Alckmin, por sua vez, disse que toda investigação terá "transparência absoluta". "Vamos até as ultimas consequências no sentido de punir, processar empresas que tenham lesado o povo de São Paulo e qualquer agente público que tenha se desviado de suas funções.", disse Alckmin.

Suspeita de cartel no metrô de São Paulo - 3 vídeos

A comissão

Composta por 12 órgãos da sociedade civil, entre eles OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil seccional São Paulo), Transparência Brasil, Instituto Ethos, Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo e ABI-SP (Associação Brasileira de Imprensa em São Paulo).
O "Movimento TranSParência" foi lançado como uma resposta do governo Alckmin às denúncias de fraude em licitações do Metrô e dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que apontam favorecimento de empresas nacionais e estrangeiras desde 1998.
Essa comissão externa vai acompanhar as investigações de 16 licitações e 31 contratos firmados com a CPTM e o Metrô, entre 1998 e 2008.

Denúncia

No dia 2 de agosto, a Folha revelou que a Siemens apresentou às autoridades brasileiras documentos nos quais afirma que o governo paulista soube e deu aval à formação de um cartel para a linha 5 do metrô de São Paulo. De acordo com a empresa, a operação se deu no ano de 2000, quando o Estado era governado pelo tucano Mário Covas, morto no ano seguinte.
A negociação com representantes do Estado, segundo a Siemens, está registrada em "diários" apresentados pela empresa ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
No mês passado, a gigante da engenharia delatou ao órgão a existência de um cartel --do qual fazia parte-- para compra de equipamento ferroviário, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal. Em troca, a empresa assinou um acordo de leniência que pode lhe garantir imunidade caso o cartel seja confirmado e punido.  
Segundo o Cade, o conluio se estendeu ao governo de seu sucessor, Geraldo Alckmin (2001-2006), e ao primeiro ano de José Serra, em 2007, ambos do PSDB.

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